segunda-feira, 1 de novembro de 2010

FESTA DOS MORTOS PARA CELEBRAR A VIDA


Olá amigos!

Me lembro nesta mesma época no ano passado, ter feito um post sobre "El dia de los Muertos". E poder difundir os costumes de como é interessante a comemoração da data pelos povos da América Central.
Todos os anos, entre o final de outubro e o início de novembro, as comunidades indígenas do México comemoram com muita comida, música, luz e cores o retorno temporário a terra seus parentes e amigos falecidos. É muito interessante a familiaridade com que o mexicano trata a morte. Ele a teme sim, mas, esse modo de agir o ajuda a conviver e sobreviver a esse medo. Desde cedo as crianças devoram avidamente as caveirinhas feitas de açúcar, bala de goma , chocolates ou amaranto. Assim, acostumam-se ao contato com uma morte brincalhona e companheira, personificada nos bonecos caveiras de papel marche.
Outro costume muito comum é os noivos depois do casamento ir ao cemitério onde estão enterrados seus parentes para tirar fotografias. Com isso, não apenas apresentam o novo companheiro(a) a seus mortos, mas também compartilham com eles o momento feliz. Vem daí também o hábito de fotografar crianças abraçadas a caveiras ou o costume de pessoas do interior, na hora da despedida, dizerem: " Se eu não lhe ver, que você tenha uma boa morte."

A noção de família e dos vínculos que ela anuncia é ampliada e revista. Todos participam dos festejos e com isso alimentam o ciclo infinito contido no ato da memória, porque todos, cedo ou tarde, estarão permutando os lugares e ocupando novas posições no jogo de vida ou morte. A relação com eles é um ato de memória, uma memória coletiva. Por isso, uma frase muito frequente nesses dias é: Não se deve deixar morrer nossos mortos, pois cada um é a somatória de seus mortos, que só existem se são lembrados pelos vivos. Esse ato de memória está construído não apenas para os mortos, mas também entre os vivos. Parentes distantes encontram nessas celebrações motivos e respaldo para reunirem-se; juntos esperam o regresso de seus mortos. Famílias separadas pela distância voltam a se encontrar e se agruparem em volta de seus mortos. Diante da vida que separa, está a morte que unifica.

Canto de boas vindas aos mortos

Entrem, almas abençoadas.
Passem papai, mamãe, tios e tias, vovós e vovôs
Sirvam-se do pouco que lhe oferecemos
Mas que lhes é dado de todo coração
Aqui está a sua casa, aqui estão suas coisas
Bebam seu pulquezinho
Descansem: aí está a cama, aí estão as cadeiras.

Pesquisa feita no site da revista Planeta.


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